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Quem sou eu

Sou belo-horizontino, nascido e criado no bairro Santa Inês e morador do bairro Caiçara. Sou engenheiro eletricista e de segurança do trabalho. Trabalhei durante 34 anos na Cemig, onde comecei como aprendiz de eletricista até chegar ao cargo de gerente de saúde e segurança no trabalho e me aposentar em fevereiro de 2023.

Fui presidente da Associação Mineira de Engenharia de Segurança, diretor da Sociedade Brasileira de Engenharia de Segurança, vice presidente do Sindicato de Engenheiros de Minas Gerais, coordenador do colégio de entidades de Classe do CREA-MG, conselheiro federal do Confea, conselheiro da Forluz e da Cemig Saúde.

Atualmente, sou professor de pós-graduação do IEC-PUC Minas, embaixador da Associação Brasileira de Conscientização para os Perigos da Eletricidade (ABRACOPEL), sócio proprietário da empresa de cursos à distância EAD PROFISSIONAL e voluntário para visitas a casas de saúde e palestras em escolas.

Minha vida profissional foi marcada pela elaboração e cumprimento de padrões de trabalho. Isso influenciou muito a minha vida pessoal. Como engenheiro, desenvolvi muito a capacidade analítica e a criação de soluções para os diversos problemas que me foram apresentados. Afinal, engenharia é isso: receber um problema e criar soluções.

Recebi o convite para me candidatar a vereador em Belo Horizonte pelo Partido Verde. Minha filiação ao PV foi a mais fácil possível, em função da liberdade dada aos filiados, na condição única de seguir os valores do partido que têm tudo a ver com o que penso, que são o respeito à pessoa e ao meio ambiente.

Penso em uma Belo Horizonte muito melhor do que a que temos hoje. Conheço a fundo os problemas estruturais e vejo na correta engenharia a solução para termos uma cidade muito melhor. Ocupar um cargo na Câmara Municipal de Belo Horizonte será uma grande oportunidade para criar ou alterar legislações que possibilitem isso. A seguir vou apresentar os eixos de trabalho que pretendo seguir em meu mandato.

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Minhas propostas

“Ninguém faz nada sozinho. É necessário ouvir as pessoas.

Essas propostas de trabalho legislativo são fruto de muitas conversas e andanças

rumo a uma Belo Horizonte melhor, inclusiva, uma Cidade Jardim para todos.

É um esforço coletivo, em constante progresso”.

• IPTU Verde: Proposta de alteração e simplificação da legislação atual com incentivos fiscais no IPTU para imóveis que possuam energia solar (fotovoltaica), retenção de água da chuva, área permeável maior que o mínimo legal, muros ou telhados verdes, ao menos uma árvore plantada no passeio ou no imóvel e possibilidade de liberação online das imagens das câmeras de segurança externa de sua residência para o COP-BH – Centro de Operações da Prefeitura de Belo Horizonte, para apoio à segurança pública.    

• Padronização das praças da cidade: Proposta para criação de um padrão único para as praças, de forma que todas tenham o  mesmo tratamento em relação a áreas verdes, bancos, brinquedos e equipamentos para ginástica de acordo com o tamanho do terreno em metros quadrados, incluindo obrigatoriedade de manutenção periódica no orçamento da PBH.

• ISS sustentável: Proposta para criação de incentivos fiscais a empresas que aderirem ao IPTU Verde, possuírem políticas de inclusão e de diversidade implantadas, acessibilidade em suas instalações e calçadas, incentivos para creches, apoio à educação infantil para os filhos de funcionários e incentivo ao home office, quando aplicável.

• Requalificação e revitalização do Centro de BH (RETROFIT): Proposta de adequação do Projeto de Lei Nº 551/2023 à realidade coletiva de Belo Horizonte e solicitação para tramitação em regime de urgência para a revitalização do centro de BH.

• Corredores Verdes: Proposta de lei que obriga o plantio gradual e permanente, o cuidado e a manutenção adequada de árvores nas ruas e avenidas de Belo Horizonte, com distância máxima de 15 metros entre elas ou conforme estudo técnico.

• Ilhas Verdes: Proposta para a manutenção e criação de áreas verdes nos bairros em quantidades proporcionais ao número de  habitantes (por bairro), sendo no mínimo igual ao determinado pela Organização Mundial de Saúde.

• Lagoa da Pampulha: Proposta para obrigatoriedade de instalação de pequenas estações de tratamento de esgoto em todos os córregos que desaguem diretamente na Lagoa e regularização judicial dos esgotos residenciais irregulares que a contaminam.

• Regularização dos cabos de telecomunicações: Proposta para alteração da Lei Municipal nº 11.392/2022, incluindo a notificação dos responsáveis técnicos e administrativos das concessionárias de telecomunicações ou de energia elétrica pela possibilidade de acidentes com a população devido à falta de padronização, manutenção ou desleixo das empresas. Esse item tem a ver com respeito e segurança para a população de Belo Horizonte.

• Ônibus híbridos ou elétricos: Proposta de lei para a substituição gradual de toda a frota de ônibus a diesel por veículos híbridos ou elétricos, acessíveis e adaptados para a realidade de Belo Horizonte e em prazo estabelecido pela Câmara Municipal de Belo Horizonte.

• Valorização e incentivo ao comércio local: Proposta de revisão do Código de Posturas de Belo Horizonte para adequar o  zoneamento urbano de acordo com as necessidades locais de comércio e de serviços e respeitando as Normas Técnicas.
    
• Educação com dignidade: 
Apoio às iniciativas de valorização dos professores, melhoria das condições de trabalho e melhoria das condições de infraestrutura escolar para melhor aprendizado e conforto dos alunos.

• Saúde com dignidade: Criação de mais um CTQ – Centro de Tratamento de Queimados graves em Belo Horizonte, para possibilitar atendimento digno aos acidentados e apoio à valorização dos profissionais da área de saúde.

• Redução de barulhos e ruídos na cidade: Proposta para adequação dos limites de ruídos e barulhos em Belo Horizonte aos padrões estabelecidos nas normas da ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas com unificação da legislação municipal, estadual e da ABNT.

• Passarelas e viadutos: Proposta para autorizar a PBH a realizar estudos e elaborar projetos para a construção de passarelas permanentes e acessíveis e/ou viadutos nas principais avenidas e ruas de BH com fluxo de veículos superior a 100 mil por dia.

• Valorização profissional: Proposta de adequação e valorização dos quadros técnicos profissionais da PBH de acordo com as necessidades técnicas e regulamentações de seus  respectivos Conselhos de Classe.

• Creches da Prefeitura de Belo Horizonte: Proposta para ampliar e adequar o programa de convênios com creches da PBH para possibilitar melhores condições de trabalho para os pais e maior segurança para as crianças e funcionários.

• Cidades inteligentes (smart city): Proposta para viabilizar a aplicação do modelo de cidades inteligentes em BH com a utilização de tecnologia, infraestrutura e padrões socioambientais urbanos adequados e que melhorem a qualidade de vida.

• Obrigatoriedade de Estudos Técnicos: Proposta para aprovação de obrigatoriedade de estudos técnicos, elaborados por instituições isentas e renomadas, para toda legislação ligada a infraestrutura urbana, saúde, educação e qualidade de vida.

• Plano Diretor de BH: Proposta para reavaliar os pontos que dificultam a implementação de ações para o desenvolvimento econômico e social da cidade, em atendimento à Constituição Federal, ao Estudo das Cidades e aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, além da plena adequação à lei 14.620, em especial aos itens relacionados ao RETROFIT, isenções fiscais, isenção da taxa de outorga onerosa para novos empreendimentos e outros itens que possibilitem o retorno das obras e geração de emprego e renda em BH.

• Serra do Curral: Proposta conjunta com a Assembleia Legislativa de Minas Gerais para tombamento definitivo da Serra do Curral, conforme referência de tombamento provisório proposto pelo IEPHA em 21/11/2023, incluindo estudo técnico ambiental a ser elaborado por instituição técnica e idônea.

• Limpeza Urbana: Proposta para maior autonomia técnica da SLU - Superintendência de Limpeza Urbana, garantindo a efetiva manutenção do serviço de forma técnica e sem outras influências. Criação de uma especificação técnica para as novas licitações dos contratos de limpeza urbana, incluindo a criação de mais postos de coleta seletiva e a obrigatoriedade de educação sobre o assunto em Belo Horizonte, além de um programa de prestação de contas periódico da SLU para a Câmara Municipal de Belo Horizonte.

• SUDECAP: Proposta para maior autonomia técnica da Superintendência de Desenvolvimento da Capital, garantindo autonomia técnica para a realização do planejamento e das obras sob sua responsabilidade, incluindo um programa de prestação de contas periódico da Sudecap para a Câmara Municipaç de Belo Horizonte.

• Cultura: Proposta para obrigatoriedade de percentual mínimo de ingressos gratuitos em eventos culturais pagos e/ou patrocinados pelo poder público municipal, estadual ou federal, diretamente ou através de suas autarquias, entre 0,5% e 1% dos ingressos disponíveis, para serem destinados a pessoas comprovadamente carentes, sendo limitado a até 01 (um) ingresso por CPF por mês.

• Pessoas em situação de rua: Proposta de autorização para a prefeitura de Belo Horizonte contratar assistentes sociais, psicólogos e demais profissionais especialistas no assunto para dar o devido tratamento técnico, necessário para a melhor solução do problema com dignidade para as pessoas nessas condições.

• Catadores, recicladores e logística reversa: Proposta para a realização de convênios entre a PBH e empresas que geram resíduos com objeto conveniado para a adaptação dos espaços atuais utilizados pelos catadores e recicladores e possibilidade de criação de novos espaços com adaptações que tragam dignidade para as pessoas que exercem essa atividade de ajuda à cidade. Entre as adaptações a serem realizadas em todos os galpões existentes e os novos a serem construídos deverá haver a obrigatoriedade de locais para higiene pessoal, descanso temporário, retenção de água da chuva, lavagem de carrinhos e instalação de energia solar (fotovoltáica) para redução das despesas com energia elétrica. Nos referidos convênios deverá estar previsto que as empresas que aderirem estarão aptas a ser incluídas no ISS sustentável

• Mobilidade e trânsito com Cidade Inteligente: Sincronizar e alterar em tempo real os tempos dos semáforos na cidade com a substituição de alguns pontos de iluminação pública por luminárias inteligentes com funções de monitoramento de fluxo de veículos, antenas 5G integradas, filmagens, medições de temperatura, umidade do ar, ruídos, qualidade do ar e outras com transmissão de dados em tempo real.





 

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Linha do Tempo

Linha do tempo

1971 - Nasce no bairro Santa Inês, em Belo Horizonte

 

1977 - Vendedor de chupe-chupe e picolé aos 6 anos

 

1979 - Fabricante de amaciante aos 8 anos

 

1984 - Campeão de BMX aos 13 anos

 

1985 - Estudante de escola pública ou como bolsista (com boas notas)

 

1986 - Estudante do CEFET-MG em tempo integral aos 14 anos

 

1988 - Aprovado no concurso da CEMIG aos 17 anos

 

1990 - Inicia o curso e engenharia, na PUC Minas

 

1996 - Caminhoneiro aos 25 anos (aos fins de semana)

 

2004 - Representante da Associação Brasileira das Distribuidoras de Energia Elétrica (Abradee) no grupo tripartite que revisou a Norma Regulamentadora Nº 10

2005 a 2015 - Gerente de Saúde e Segurança do Trabalho da Cemig

2005 a 2015 - Membro da Comissão Permanente Nacional de Segurança com Energia Elétrica

2008 - Finalista nacional no Prêmio TOP OF MIND de Segurança e Saúde do Trabalho

2012 a 2020 - Presidente da Associação Mineira de Engenharia de Segurança - AMES

 

2012 a 2020 - Membro convidado da Câmara da Indústria da Construção da FIEMG como representante da AMES

2013 a 2015 - Conselheiro suplente do Conselho Deliberativo da Cemig Saúde

 

2014 a 2016 - Conselheiro do Conselho Federal de Engenharia e Agronomia

2016 - Coordenador do Colégio de Entidades de Classe do CREA-MG

2016 a 2017 - Coordenador da Comissão Permanente Regional da NR-18 em MG

 

2016 a 2018 - Vice-presidente da Sociedade Brasileira de Engenharia de Segurança

2016 a 2018 - Segundo Vice-presidente do Sindicato de Engenheiros de Minas Gerais

2018 a 2022 - Conselheiro suplente do Conselho Deliberativo da Forluz

2018 até a data atual - Voluntário ativo em ações sociais

2019 a 2022 - Gerente de Saúde e Segurança do Trabalho da Cemig

2014 até a data atual - Professor de pós-graduação do IEC PUC Minas

 

2023 - CEO da empresa de treinamentos EAD Profissional

2023 - Conclusão de MBA em ESG pelo IBMEC/EXAME ACADEMY

2023 até a data atual  - Embaixador da ABRACOPEL

 

2024 - Filiação ao Partido Verde por acreditar nos princípios sócio-ambientais do PV

JJ na mídia

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Entrevista

Entrevista

“Politicamente, defendo com todas as forças o ser humano e o ambiente em que ele vive. O progresso deve ser sustentável e gerar o bem-estar social”.

 

“É preciso ter respeito às pessoas. Não dá para pensar um cidadão que não é respeitado”.

"BH 150 Anos: uma cidade jardim"

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João José, fale do homem, do marido e do pai.

Nasci em Belo Horizonte, no bairro Santa Inês e hoje sou morador do Caiçara. Sou apaixonado pela Cris e pela minha filha Joana.

 

Como você define a Belo Horizonte do cidadão, pai e trabalhador João José?

Hoje, eu sinto que há um desrespeito com o cidadão. A grande verdade é essa. Quando a gente pensa, não só Belo Horizonte, mas nas grandes cidades, entende que não se resolve o problema asfaltando rua. Você resolve com ações estruturadas e de longo prazo. E muito me incomodou esse tempo inteiro ver muita “perfumaria”, mas não ver melhorias na estrutura. Planejar a engenharia para os grandes centros deve ser algo profissional. Não existe solução diferente que não seja a engenharia.

 

É preciso ter respeito às pessoas. Não dá para pensar um cidadão que não é respeitado. E quando a gente pensa assim e olha para alagamentos, enchentes, ônibus cheios e que não funcionam, falta de saneamento básico e esgoto, falta de moradia e pessoas em situação de rua, entendo que é preciso trabalhar para criar esse respeito. Ninguém mora na rua, a pessoa está em situação de rua, tem de resolver é o problema desse morador.

 

Profissionalmente, como você se define?

Sou um engenheiro com um foco muito grande na segurança do trabalho. Trabalhei 34 anos na CEMIG, onde comecei como aprendiz de eletricista e cheguei a gerente de Saúde e Segurança do Trabalho, antes de me aposentar. Participei de vários fóruns, cargos e instituições, olhando de uma forma muito geral a engenharia. Pela minha carreira, a segurança do trabalho está em todos os processos, de engenharia, de saúde, de tudo. Tive a oportunidade de vivenciar isso em diversas áreas, tanto de empresas quanto de outras instituições também.

 

Por favor, detalhe os fóruns e entidades dos quais você fez parte.

Participei da Câmara da Indústria da Construção da FIEMG como representante da Associação Mineira de Engenharia de Segurança (AMES) e do Sindicato de Engenheiros de Minas Gerais (SENGE-MG).

 

Fui vice-presidente do Sindicato de Engenheiros de Minas Gerais. Antes fui presidente da Associação Mineira de Engenharia de Segurança.

 

Fiz parte do grupo tripartite que revisou a Norma Regulamentadora Nº 10, em 2004, representando a ABRADEE, que é a Associação Brasileira das Distribuidoras de Energia Elétrica. Esse fórum antecipou um grupo da CNI, a Confederação Nacional da Indústria. Nele, a gente definia quem iria discutir todas as normas regulamentadoras. Eu me envolvi com todos os setores, com o Brasil todo, até para definir quem são os especialistas que vão sentar na mesa com governos e sindicatos para poder discutir as revisões ou as elaborações dessas normas.

 

Ainda nessa parte de representação, fui diretor da Sociedade Brasileira de Engenharia de Segurança, na Regional Minas Gerais.

 

E estive no Confea, que é o Conselho Federal de Engenharia e Agronomia, como conselheiro federal. Lá, passei a ter uma visão muito maior da engenharia, não só nos aspectos práticos, nos quais eu já tinha uma vivência muito grande pela minha formação – eu comecei como aprendiz de eletricista, depois fui técnico e engenheiro, com o direcionamento para a segurança do trabalho.

 

O que é a segurança do trabalho para você hoje?

Em síntese, é respeito à vida. Não existe outra área que pense mais nas pessoas do que a segurança e saúde no trabalho. Fui me direcionando para essa área muito pela minha formação e pelo que eu penso da vida. Não dá para trabalhar machucando o trabalhador, adoecendo as pessoas.

 

Como foi a formação escolar do engenheiro João José?

Eu vou começar bem lá do início. Sou nascido em Belo Horizonte, na região do bairro Santa Inês. Fiz a pré-escola, o jardim de infância, em frente à minha casa, com bolsa. A minha mãe fornecia almoço em troca do nosso estudo. Era uma escola Adventista do Sétimo Dia. Saindo de lá, fui para a Escola Municipal Emídio Berutto, também no bairro Santa Inês, da primeira à quarta séries, que era o nome na época. Depois disso, meus pais conseguiram uma bolsa para eu estudar no colégio Santa Inês, onde cursei da quinta à oitava séries. Aí fiz concurso no CEFET e o curso técnico em eletromecânica.

 

Minha faculdade de engenharia foi na PUC. Eu trabalhava para pagar a faculdade. Fiz concurso e entrei na CEMIG com 17 anos e trabalhei lá por 34 anos. Aos 19 anos entrei na faculdade. Eu sempre trabalhei, desde menino.

 

Na sua opinião, o que é importante destacar na sua biografia?

Nasci em uma família humilde e uma coisa da qual me orgulho muito é que desde cedo aprendi o valor da honestidade, do trabalho próprio e do planejamento para as conquistas da vida. Me lembro que quando tinha uns 5 anos de idade, minha mãe pediu para ir à venda da esquina e o vendedor me deu o troco a mais. Quando cheguei em casa, criança, todo feliz, minha mãe falou: “João, ele não te deu, ele se confundiu. Você vai lá e vai devolver, não é seu, e não vai aceitar nada em troca”. Chorei de vergonha e tudo mais, mas fui lá e devolvi o dinheiro. Nessa hora ele quis me dar uma bala, eu não quis. Não esqueço disso nunca. Meus pais não tinham muitas condições financeiras, então nós aprendemos a criar jeitos honestos de fazer as coisas.

 

Com sete, oito anos de idade, já no primário, eu vendia picolé e chupe-chupe na rua. Depois comecei a fazer amaciante, lá em casa tinha um livro que ensinava a fazer, com sabonete e água. Eu vendia o picolé, comprava o sabonete, fazia o amaciante e saia na rua vendendo. Hoje penso que que as pessoas compravam para doar ou jogar fora, mas não tinha problema. No ensino médio, estudava pela manhã no CEFET e fazia desenho técnico à noite. Saía de casa cinco e meia da manhã e chegava à meia-noite todos os dias. Essa foi minha construção.

 

Passei no concurso da CEMIG para poder pagar a faculdade. Aos 26 anos, comprei um caminhão. Faturava muito, mas trabalhava todo fim de semana como caminhoneiro, durante a semana na CEMIG, e estudava à noite. Um dia meu pai me perguntou se estava valendo a pena. Ele mesmo falou que não, porque eu não tinha tempo para namorar nem para a família.

 

Esses são exemplos que conto em uma aula que dou como voluntário para jovens que vão fazer Enem, sobre empreendedorismo e porque empreender. Nem todo mundo tem as mesmas condições. Tem gente que vai aprender a pescar e tem gente que nunca vai conseguir aprender, ou por questão de saúde ou de cognição, ou apenas porque não consegue pensar diferente, pois a vida dele basta como está. Essa pessoa nunca vai ser um empreendedor.

 

Como especialista em prevenção de acidentes, que sugestão teria para BH?

Eu gostaria que nossos jovens aprendessem noções de segurança e prevenção nas escolas, porque 90% ou mais dos acidentados que chegam no pronto-socorro são vítimas de acidentes com causas evitáveis.  E para isso a área de segurança está aberta. Com uma cultura de prevenção, iria sobrar mais dinheiro para a o programa Saúde da Família, por exemplo.

 

Este ano você se filiou pela primeira vez a um partido político. Por quê?

Sempre me envolvi com sindicatos, patronais e de trabalhadores, além de colegiados. Isso é política, mas meu trabalho era de bastidores, não era para pôr a cara e fazer, por isso nunca fui filiado a partido antes. Mas sempre participei muito das discussões relacionadas à sustentabilidade, à proteção da vida, ao meio ambiente, às questões econômicas e sociais. Penso que o mundo precisa ter menos desigualdade. Aí, me aposentei no ano passado, montei uma empresa, mas continuei ligado a essas discussões todas. Concluí que hoje posso propor soluções possíveis para a cidade. Fui vendo as coisas acontecerem, tive acesso a alguns vereadores e a outros políticos para tentar levar minhas pautas, mas elas não tiveram eco. Sempre ouvi que essas questões são difíceis de passar no Legislativo e não tenho dúvida nenhuma disso.

 

Por que optou pelo Partido Verde?

Porque o estatuto e os objetivos do Partido Verde estão muito alinhados com tudo isso que eu estou falando. É um estatuto que não mudou desde o início, esse é o primeiro ponto. O segundo ponto é ser um partido internacional, talvez o único hoje. No mundo inteiro tem Partido Verde, em todos os lugares com o mesmo estatuto, defendendo exatamente a mesma coisa.

 

Quais são as bandeiras do PV com as quais você mais se identifica?

A primeira é a opção pela melhoria social com sustentabilidade ambiental. Fiz um MBA em ESG (sigla em inglês para “governança ambiental, social e corporativa”) e tudo que se fala nessa área está no estatuto e nos objetivos do Partido Verde desde o início, ou seja, é algo que eu já pensava. Outro ponto: o estatuto fala que o PV é um partido que não é nem esquerda nem direita, mas a favor das causas que defende, que são o ser humano e o meio ambiente em que ele vive. Ou seja, uma hora vai estar de um lado, outra vai estar do outro, o que é normal, pois o partido se posiciona do lado que está fazendo a coisa certa. Eu sempre falei isso: certo é certo, errado é errado, e o que todo mundo faz errado não passa a ser certo. Então o pensamento do partido bateu com o meu. Me filiei no dia 5 de abri de 2024 pela primeira vez a um partido político, e foi no PV, porque eu acredito e quero a mesma coisa.

 

Qual é a solução para os problemas de BH?

Planejamento e engenharia. A minha vida inteira foi ligada ao planejamento, à estruturação do que fazer. Não faço nada sem planejar primeiro. E como resolver Belo Horizonte? Não é pensando com os 125 anos que tem agora, mas planejando como vai ser aos 150. Porque qualquer coisa que for fazer, em uma cidade grande, também é grande e é de longo prazo. É como uma empresa, você planeja para 30 anos para saber o que deve fazer nos próximos seis meses e nos próximos quatro anos. Eu me vejo em condições de ajudar a cidade a ser melhor, a grande verdade é essa.

 

E quais são suas propostas específicas para a cidade?

A principal delas é o que chamo de IPTU Verde. É um reconhecimento dos imóveis que são sustentáveis e que podem ajudar Belo Horizonte em todos os aspectos. A ideia é criar um incentivo, por meio do IPTU, para financiar no longo prazo aqueles imóveis que tiverem investimentos ligados ao meio ambiente. Por exemplo, terrenos e construções que tenham áreas permeáveis maiores do que o mínimo legal exigido terão um incentivo no IPTU, igual há em Sabará, que dá desconto no imposto para cada pé de jabuticaba no quintal, para cada área verde. Isso é importante para o controle de enchentes, da mesma forma que o aproveitamento de água de chuva, que também está dentro do IPTU Verde. Prédios e imóveis que tenham sistemas de retenção de água de chuva vão ter desconto no imposto, proporcional ao volume captado. O objetivo é criar incentivos para as pessoas realmente aderirem a uma causa sustentável.

 

Como o IPTU Verde pode melhorar a vida do cidadão hoje?

As pessoas circulam em todos os locais, inclusive onde há enchentes. Se todo imóvel tiver uma pequena retenção de água, a chuva não vai para a canalização pluvial imediatamente nos horários de pico de precipitação e não vai ter enchente, ou seja, melhora a vida de todo mundo.

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